Um povo eleito que adorava um só Deus



Por muito importantes que tenham sido as suas realizações como mercadores, navegadores e colonizadores, os Fenícios, segundo parece, não tiveram um forte sentimento de nacionalidade.
Os Hebreus, ou Judeus,  porém, apesar de pouco numerosos, consideravam-se desde o princípio como um povo diferente, devido a sua Fé em Javé, o Deus Único. Desprezavam o paganismo e a superstição dos seus vizinhos da faixa costeira mediterrânica e, sobretudo, o costrume pagão de sacrificarem as crianças aos seus deuses (Ex: Moloque).

Objecto especial do seu desdém era a religião síria, centralizada em torno de uma deusa da fertilidade, cujo culto exigia a existência de protistutas nos templos sagrados e a celebração de ritos orgíacos. Música, vinho e incenso excitavam os devotos de Astarte e arrastavam-nos para um desregramento erótico. No entanto, também entre os própios Judeus reinava muita licenciosidade, e são numerosos os escritos dos profetas que censuram o povo por imitar praticas pagãs dos seus vizinhos e os exortam a viverem de acordo com o mandamentos de Deus.
Abraão, o "pai sublime", fundador tradicional da raça judaica, partiu da Mesopotâmia cerca de 2000 a.C, à frente de um dos grupos que então se dirigiam para o Ocidente, a caminho da região costeira do Mar Mediterrâneo. Mas Abraão era mais do que um chefe de tribos; era também um chefe religioso, que proclamava a existência de um único Deus, para ser adorado sem imagens, um Deus justo, que puniria os que desrespeitassem as leis dada através dos seus intermediarios, mas que protegeria os que lhe obedecessem.
Era também comum à religia hebraica o conceito de um pacto entre Deus e o seu povo eleito. Outras nações tinham dos seus deuses auxílio e  proteção, mas o Deus dos Hebreus era o único a fazer promessas ao seu povo. Uma delas relacionava-se com a Terra Prometida: segundo o Livro de Génesis, Deus fez um pacto com Abraão dizendo: "Darei à tua descendência esta terra, desde o rio do Egipto até o grande rio Eufrates.


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